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EDUCAÇÃO DIFERENTE - Gabinete de Apoio e de Intervenção

EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E DEFICIÊNCIA

EDUCAÇÃO DIFERENTE - Gabinete de Apoio e de Intervenção

EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E DEFICIÊNCIA

Depoimento

Olá conheça um pouco sobre minha vida em: www.westmariana.com FUI ESCOLHIDA Fui escolhida por DEUS para uma grande missão. Eu e DEUS assumimos um compromisso. Eu deveria ajudar inúmeras pessoas, quer da minha família ou não. Enquanto tantas crianças brincam de montar castelos, eu tentaria sedimentar a base emocional da minha família, diante de tal situação. DEUS me falou que serei um pouco diferente das outras crianças, mas nem por isso vou deixar de ser uma delas. Talvez não possa falar com palavras, mas serei capaz de me expressar dizendo como sou, o que quero e o que gosto. Talvez não possa andar, mas quem é que não gosta de um colinho de mãe durante muito tempo. Talvez minha estadia seja por um período não tão grande, mas todo tempo será precioso, para DEUS, para mim e para todos aqueles que me conheceram. Sou deficiente. DEUS me garantiu dizendo que valeria a pena e que nos momentos mais difíceis, ELE estaria sempre presente. Minha mãe, com o tempo, entenderá o porquê, a razão e os planos de DEUS. Ela terá que viver por nós duas. Como me conforta saber que quando minha mãe quer um carinho meu, um simples afago no rosto, ela pega na minha mão e pode ficar horas e horas, fazendo isso, eu deixo. Se não consigo alcançar seu rosto para beijá-la, ela consegue chegar até meus lábios. Que bom que minha mãe me ama e não pede nada em troca. DEUS tinha razão. Ela é especial! Meu pai, este é mais prático, difícil compreender que sou diferente, mas também sou filha , como o meu irmão que é perfeito. Com o tempo ele vai me aceitar como eu sou (a sua princesa), pois o amo muito e só quero o seu bem. Gostaria de que ele entendesse que vim para transformar e melhorar o que não está bom aos olhos de DEUS. DEUS não pensou em separá-lo da minha mãe, com a minha chegada, pelo contrário, no dia do casamento deles, eles prometeram ser fiéis um ao outro, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença ... Terei todo o tempo para mostrá-lo que a vida pode ser bem vivida, mesmo com dificuldades. Para o meu irmão, acho que ele gostaria de brincar comigo, ou que eu quebrasse seus brinquedos, rabiscasse seus cadernos e não deixasse ele ver seu programa preferido. Mais ele também aprenderá a me amar e me aceitará como eu sou. Para os meus avós, confesso que também gosto daquele chamego que só eles sabem dar. Gosto de ser chamada de “neguinha vô”. Para os tios, amigos e pessoas que convivem conosco, quero também ajudar, e estou aqui, para isso. Mesmo que você não conviva o tempo todo com alguém como eu, valorize as pessoas ditas perfeitas que estão perto de você. Elas podem falar, abraçar, beijar, brincar, sorrir, e tantas outras coisas, que eu não posso fazer espontaneamente, mas aqueles que estão bem perto de mim, e que me deram a vida, e fazem de tudo para que eu permaneça viva, fazem tudo isso e muito mais. Somos muito felizes. Sou MARIANA, mas quem leu meus pensamentos foi a minha mãe.  www.westmariana.com


 

Divulgação

CENTRO ABA

O ABA – Centro de Terapias Comportamentais, situado na Av. De Sintra, lote 2 em Cascais, é um centro destinado à resolução de problemáticas e/ou patologias comportamentais, cognitivas e emocionais, através da intervenção adaptada e individualizada, contribuindo para a mudança social a nível individual, grupal e comunitário. Destina-se, também, à investigação na área de intervenção comportamental e à realização de acções de formação para pais, técnicos, educadores e outros interessados, contribuindo para uma maior consciência pública da eficácia das estratégias comportamentais. Por fim, produz e vende material terapêutico dirigido às crianças com necessidades educativas especiais, trazendo novidade a um mercado quase inexistente. O centro oferece serviços terapêuticos e formativos com base na análise comportamental aplicada (Applied Behaviour Analysis), uma área de investigação completamente inovadora em Portugal, apesar de estar estabelecida e reconhecida em outros países como Inglaterra, Estados Unidos da América, Brasil, Israel e mais recentemente em Espanha.

O êxito deste projecto teve início no ano de 2005, quando a Dra. Reut Peleg, pioneira deste mesmo, aceitou o primeiro caso. A Dra. Andreia de Carvalho e a Dra. Nicole Dias juntaram-se mais tarde, tendo em 2008 criado juntas a Ideiaba, Lda. Desde então a equipa clínica tem sido gradualmente reforçada com a formação de novas terapeutas para o projecto. Actualmente, o Centro ABA intervém com 14 casos de indivíduos com idades compreendidas entre os 3 e os 19 anos, com diversas problemáticas do foro comportamental e psicológico. A grande maioria dos casos que nos chegam referem-se a Perturbações do Espectro do Autismo, no entanto, existem outras, desde Epilepsia, Atraso Mental, Trissomia21 e Perturbações alimentares.

Esta metodologia é cientificamente provada e fundamentada, permite a intervenção no ambiente natural, sendo as terapias realizadas em casa e/ou na escola, e de forma verdadeiramente intensiva (de 20 a 40 horas semanais de terapia), promovendo a colaboração entre todas as partes envolvidas, como os pais, educadores e técnicos. Cada criança tem uma equipa de terapeutas (entre dois a três), das quais um é destacado líder e se responsabiliza por analisar, semanalmente, todos os dados da terapia. Desta forma os objectivos adquiridos serão substituídos por novos objectivos que a criança irá aprender. Existem, ainda, reuniões semanais com toda a equipa clínica e reuniões mensais com os terapeutas e os pais da criança.

O projecto assenta em vários critérios e valores de peso, nomeadamente, a paixão pelo trabalho, o forte sentido de missão e determinação, o reconhecimento pelas famílias que procuram os nossos serviços, o êxito das terapias no crescimento e desenvolvimento das crianças que apoiamos, o bom trabalho e parcerias importantes a nível internacional. É um projecto pensado e traçado para vincar, com os olhos postos no futuro.

 


Vanessa Tarelho


 

Divulgação

No âmbito da Actividade: “Diferentes, somos todos nós!”

Núcleo de Apoio Educativo

Objectivos:

·         Sensibilizar para as diferenças

·         Desenvolver o espírito de entreajuda

Convidamos os professores para assistir e participar da palestra sobre Língua Gestual Portuguesa, a realizar na E.B. 2,3/S de Vale de Cambra, no dia 11 de Março pelas 14:30 h com a presença da Dra. Susana Cortes – Intérprete de Língua Gestual Portuguesa

Contamos com a sua presença.


 

Apoio on-line

Sou aluno do 12º ano da ES Francisco Rodrigues Lobo, e no âmbito da Área de Projecto gostaria de obter mais informações sobre o vosso blog. O nosso tema é autismo, e como tal, estamos a tratar sobre algumas das suas terapias. Li a vossa introdução e como ser autista é ser "diferente" decidi contactar-vos. No futuro esperamos ter contacto com instituições de educação especial, e se possível, agradecíamos que nos enviassem algumas informações, para nos ajudar a estabelecer contacto de maneira correcta com os autistas.
Aguardamos uma resposta. Obrigado pela atenção disponibilizada.

 

Boa noite!

O autismo é uma perturbação global do desenvolvimento infantil que se prolonga por toda a vida e evolui com a idade. O autismo resulta de uma perturbação no desenvolvimento do Sistema Nervoso, de início anterior ao nascimento, que afecta o funcionamento cerebral em diferentes áreas: a capacidade de interacção social e a capacidade de comunicação são algumas das funções mais afectadas. As pessoas com autismo têm uma grande dificuldade, ou mesmo incapacidade, de comunicar, tanto de forma verbal como não verbal. Muitos dos autistas não têm mesmo linguagem verbal. Noutros casos o uso que fazem da linguagem é muito limitado e desadequado. No que respeita à comunicação não verbal, há uma acentuada incapacidade na sua utilização. O isolamento social é outra característica do autismo. Outra particularidade comum no autismo é a insistência na repetição. Por isso é que as pessoas com autismo seguem rotinas, por vezes de forma extremamente rígida, ficando muito perturbadas quando qualquer acontecimento impede ou modifica essas rotinas. Como é sabido e regra geral, as crianças autistas apresentam dificuldades ao nível da comunicação e da socialização. O ensino inclusivo na escola regular deverá estar preparado para que os alunos com autismo ou com necessidades educativas especiais possam desenvolver-se como cidadãos, assim como deve estar preparado para que estes possam adquirir novas competências. Infelizmente, e devido às carências existentes na escola regular, por vezes surge a necessidade de recorrer aos estabelecimentos de ensino especial. Os professores reconhecem que aquele aluno “é diferente” sem que consigam apontar com clareza a natureza dessa diferença. Certo é que estes alunos podem ler com muita rapidez e correcção sem contudo compreender os conceitos implícitos no texto. As composições escritas são extremamente lacónicas, absolutamente factuais como se de um inventário se tratasse. As operações matemáticas são realizadas com extrema rapidez e facilidade mas o enunciado dum problema não é compreendido. Podemos definir como objectivos prioritários de intervenção: a promoção do desenvolvimento global do aluno e de competências específicas; informar e auxiliar os encarregados de educação a implementar estratégias para melhor lidarem com o seu educando; informar/sensibilizar a escola e a comunidade em geral acerca das características destas crianças e jovens, no sentido de estabelecer parcerias que contribuam para a sua aprendizagem, adaptação e inclusão social. Como tal é necessário que os professores, educadores e restante comunidade educativa estejam preparados para trabalhar com este tipo e alunos. Seria imperioso que se apostasse na formação e na sensibilização de toda a comunidade educativa e no apetrechamento das escolas, ao nível de recursos materiais, espaciais e humanos, assim como seria importante que estes alunos beneficiassem de uma equipa multidisciplinar que englobasse: professores, educadores, psicólogos, terapeutas, educadora/o social, entre outros - trabalho desenvolvido por estes deve de ser efectuado em equipa, ao nível da programação, aplicação e avaliação. Para elevar o grau de sucesso o número de alunos por turma deveria ser reduzido, deveriam existir professores de apoio nas respectivas áreas ou disciplinas, a programação e a avaliação deveriam ser individuais, no sentido de definir quais os comportamentos a modificar, quais as áreas a trabalhar, assim como, para melhor identificar as aquisições e as dificuldades. Deve de ser concebido um plano de intervenção adequado ao aluno de forma a possibilitar um tratamento personalizado e específico, satisfazendo as capacidades e ritmo de cada um. As sessões de trabalho devem ser curtas e o aluno deve ser encorajado nas actividades propostas. Os conceitos a abordar devem ser repetidos várias vezes e sempre da mesma maneira, contudo devemos inovar e variar sempre que possível. Para que melhor se desenvolvam as capacidades do aluno, pudemos a áreas como: psicomotricidade, expressão musical, expressão dramática, informática, educação física, dança, expressão plástica, formação pessoal e social, actividades da vida diária, áreas vocacionais, entre outras…Estas áreas serão importantes para auxiliar o aluno a desenvolver-se ao nível da expressão, socialização, para ultrapassar os comportamentos ritualistas e compulsivos, para elevar a auto-estima, assim como para proporcionar um desenvolvimento académico equilibrado e harmonioso. Qualquer professor, educador, técnico, ou encarregado de educação necessitará de bastante paciência para trabalhar com uma criança autista, devendo aceitar e reconhecer as suas “limitações” e respeitar a “lentidão” dos seus progressos. Para isso deverão trabalhar com a criança autista por etapas. O contacto frequente dos encarregados de educação com a escola é de extrema importância para o desenvolvimento da criança, no sentido da sua participação activa no contacto e trabalho com a equipa multidisciplinar, de forma a obter informações acerca das evoluções e dificuldades do seu educando, conhecendo e colaborando em casa com o trabalho efectuado na escola. Deverão ser desenvolvidas actividades em que a participação dos professores, educadores, técnicos e encarregados de educação seja uma realidade, trabalhando em conjunto no âmbito da socialização, da imitação, da motricidade, da linguagem, da coordenação… De forma a promover uma evolução significativa das capacidades do aluno. Existem autistas com um QI baixo, normal e algumas crianças são bastante inteligentes. É importante conhecer as aptidões e os interesses da criança, para aproveitá-los posteriormente, como instrumentos académicos – de modo a superar ao máximo as suas dificuldades. Infelizmente, o Autismo ainda origina alguns problemas que prejudicam o desenvolvimento e a integração das crianças e jovens com esta problemática, como: o desconhecimento por parte da sociedade das características básicas do Autismo – o que dificulta o seu diagnóstico; a ausência de locais especializados que ofereçam o tratamento e o apoio necessários; a carência de escolas onde estas crianças possam estar devidamente integradas. Estes factores tornam-se lamentáveis e prejudicam o desenvolvimento da criança autista, uma vez que estas crianças podem alcançar um bom nível de progresso se houver um diagnóstico precoce e um tratamento oportuno. O trabalho repetido e a estimulação contínua contribuirão para o progresso e evolução das capacidades da criança autista ao nível pessoal e social. Em suma, há que procurar compreender os comportamentos autistas e estipular objectivos a atingir, estimulando e acompanhando a criança/jovem no seu processo de desenvolvimento e de aprendizagem e contribuindo para a sua integração plena na sociedade.

Se necessitar de mais informações, ou links contacte. BOM TRABALHO!