Na edição de 2022 deste Programa, prevê-se que a Bandeira “Praia Acessível” seja hasteada em 237 zonas balneares (dados provisórios), o que corresponde a cerca de 36% do total das zonas balneares classificadas este ano, registando-se 9 novas entradas nesta edição.
No total das 237 zonas balneares previstas serem galardoadas, 209 localizam-se no Continente, 20 na Região Autónoma dos Açores e 8 na Região Autónoma da Madeira, apresentando a seguinte distribuição:
_ 179 dizem respeito a zonas balneares costeiras;
_ 58 correspondem a zonas balneares de interior;
_ 190 das praias galardoadas dispõem de cadeiras anfíbias ou outros meios para acesso à água.
O Programa “Praia Acessível – Praia para Todos!", projeto lançado em 2005, atribuiu o galardão às primeiras Praias Acessíveis em 2005, resultado de uma parceria protagonizada pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, a Agência Portuguesa do Ambiente e o Turismo de Portugal. O seu principal objetivo é dotar as zonas balneares de um conjunto de condições que permitam o seu uso universal, sem que se ponha em causa a idade e as dificuldades de locomoção ou mobilidade.
As condições que determinam a atribuição do galardão praia acessível são as seguintes:
_ Acesso pedonal fácil;
_ Estacionamento ordenado com lugares para as viaturas ao serviço das pessoas com deficiência;
_ Acesso à zona de banhos de sol por nível, por rampa ou com recurso a meios mecânicos;
_ Passadeiras no areal, sanitários e posto de socorros acessíveis.
A existência de equipamentos que permitam o acesso ao banho, ou ao passeio na praia - cadeiras de rodas, canadianas e andarilhos anfíbios - não constitui um requisito obrigatório para a obtenção do galardão, por ser inviável implementá-lo nalgumas zonas balneares. No entanto, constitui uma mais-valia recomendada pelo Programa.
No âmbito do Programa Praia Acessível, foi instituído o Prémio Praia + Acessível que tem por objetivo distinguir as praias nacionais, costeiras ou interiores, que, tendo sido galardoadas com a bandeira Praia Acessível durante a época balnear, evidenciem as melhores condições de acessibilidade, constituindo-se, desse modo, como práticas de referência nacional, pela qualidade do usufruto da sua oferta de serviços e bem-estar que proporcionam às pessoas com mobilidade condicionada.
São atribuídos prémios aos 1.º e 2.º classificados, constituídos por equipamentos destinados a melhorar as condições de acessibilidade das praias vencedoras, podendo ainda o júri decidir atribuir uma menção honrosa.
No ano de 2021, a Praia da Figueirinha (Setúbal) obteve o 1º lugar, por unanimidade do Júri Nacional.
O 2º lugar foi atribuído à Praia do Osso da Baleia (Pombal).
Ambas foram apoiadas no âmbito da Linha de Apoio ao Turismo Acessível, no que diz respeito aos seus projetos de melhoria e implementação de condições de acessibilidade nestas duas zonas balneares, destacando-se a aposta feita na comunicação inclusiva dirigida às pessoas com limitações visuais.